O principal responsável por vacinas na agência regulatória de alimentos e remédios dos Estados Unidos (FDA) deixou o cargo após expressar discordâncias com o secretário de saúde. Em carta enviada à comissária interina da FDA, o médico afirmou que tentou abordar preocupações sobre a segurança das vacinas, mas concluiu que não havia espaço para diálogo baseado em evidências. Ele criticou a promoção de desinformação e a falta de transparência, destacando que o foco deveria ser na ciência e na verdade.
De acordo com fontes familiarizadas com o caso, o profissional recebeu a opção de renunciar ou ser demitido. Durante a pandemia, ele foi fundamental na revisão e aprovação de vacinas e tratamentos contra a covid-19, garantindo agilidade e segurança nos processos. Sua saída levanta questões sobre o futuro das políticas de saúde pública e o embate entre ciência e desinformação.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA não se manifestou sobre o ocorrido. A situação reflete tensões mais amplas no cenário da saúde global, onde a credibilidade das instituições e a confiança na ciência têm sido desafiadas. A renúncia pode impactar a percepção pública sobre a FDA e suas decisões, especialmente em um momento de crescente ceticismo em relação às vacinas.