A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, tem intensificado sua participação na Vibra, antiga BR Distribuidora, com o objetivo de aumentar sua influência na empresa. Em 2024, o fundo indicou dois nomes para o conselho de administração da Vibra e, no mesmo período, aumentou sua participação acionária de 3,3% para 5%, chegando a 9% antes da assembleia de 2025. Essa movimentação é vista como uma tentativa de recuperar o controle sobre uma ex-subsidiária estratégica da Petrobras, especialmente em um cenário de críticas à privatização da companhia.
No entanto, os investimentos da Previ na Vibra resultaram em perdas significativas, com o fundo acumulando um prejuízo de R$ 518 milhões em 2024 devido a quedas no valor das ações. A Previ aumentou sua exposição em renda variável em um momento de volatilidade do mercado, o que contrariou sua política de reduzir esses investimentos. Essa estratégia gerou preocupações, tanto interna quanto externamente, com a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) investigando a compra das ações da Vibra como um possível erro de gestão.
Apesar dos desafios financeiros, a Previ defende sua decisão de investir na Vibra, destacando o bom retorno sobre o patrimônio (ROE) da empresa, a solidez dos seus indicadores financeiros e seu potencial de crescimento. A Previ também enfatizou que todas as suas decisões de investimento são baseadas em análises técnicas rigorosas, com foco no retorno de longo prazo. A presença de conselheiros qualificados no conselho da Vibra também é parte de sua estratégia de governança, visando proteger os interesses do fundo de pensão e seus beneficiários.