O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas (PP), revelou que a pressão dentro do partido está crescendo para que o ministro do Esporte, André Fufuca, deixe o governo Lula. Nogueira declarou que Fufuca nunca deveria ter aceitado o ministério, destacando a insatisfação crescente com as mudanças do governo petista, especialmente em relação à escolha de ministros com perfil ideológico e ao impacto da queda na popularidade de Lula. Líderes de partidos aliados, como o Centrão, também demonstram desconforto, o que tem levado o governo a tentar ampliar o diálogo com esses partidos.
O PP, tradicionalmente alinhado com a oposição, tem se distanciado do governo Lula, especialmente após a escolha de nomes ligados ao PT para cargos ministeriais. Nogueira afirmou que, embora tenha recebido um convite pessoal de Lula para que o PP se integrasse ao governo, o partido nunca formalizou sua adesão. A pressão para que o PP se retire da gestão cresce internamente, e Nogueira deve discutir essa situação com outras lideranças.
Além disso, o senador também mencionou a possível migração do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, para o PP, com o intuito de concorrer ao Senado em 2026. A mudança foi acertada com o apoio do ex-presidente Bolsonaro, com quem Nogueira manteve encontros recentemente. A movimentação política do PP reflete as estratégias de fortalecimento do partido para as próximas eleições, evidenciando um distanciamento das posições do governo Lula e um estreitamento com a oposição.
