O presidente da República afirmou que o Brasil pode sobretaxar produtos dos Estados Unidos caso a Organização Mundial do Comércio (OMC) não resolva a questão das tarifas impostas pelo governo norte-americano ao aço e alumínio brasileiros. Em entrevista no Japão, ele criticou a medida protecionista, argumentando que ela prejudicará a economia dos EUA ao elevar preços e pressionar a inflação. O presidente também destacou sua preocupação com o impacto no livre comércio e no multilateralismo, defendendo que decisões desse tipo deveriam ser discutidas previamente com outros países.
O governo norte-americano ampliou suas medidas protecionistas ao assinar um decreto que impõe tarifas de 25% a todos os carros importados, incluindo os do Brasil. A Casa Branca afirmou que a medida, que entra em vigor em abril, visa proteger a indústria local e arrecadar mais de US$ 100 bilhões. No entanto, o presidente brasileiro questionou os efeitos da política, sugerindo que ela pode ter consequências negativas para os próprios EUA no médio prazo.
A disputa comercial reflete tensões mais amplas sobre o comércio global, com o Brasil defendendo a via multilateral e a reciprocidade nas relações econômicas. Enquanto o governo norte-americano justifica as tarifas como forma de proteger empregos e indústrias domésticas, críticos argumentam que a medida pode desequilibrar as relações comerciais e gerar retaliações. O desfecho do caso na OMC e as possíveis respostas do Brasil serão acompanhados de perto nos próximos meses.