O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou, nesta quinta-feira (13), a dissolução da Assembleia da República e a convocação de novas eleições para o dia 18 de maio. A decisão foi tomada após a queda do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que perdeu a moção de confiança no Parlamento. A moção foi rejeitada por 142 votos contra 88, o que culminou na saída do premiê. A oposição acusou Montenegro de utilizar o cargo para beneficiar interesses privados, o que ele negou.
Esta é a terceira vez que o presidente utiliza o artigo 133 da Constituição, que autoriza a dissolução do Parlamento. Em ocasiões anteriores, Rebelo de Sousa também convocou novas eleições em momentos de crise política semelhante. A atual situação reflete um impasse no governo, com as pesquisas eleitorais indicando um empate técnico entre os principais partidos, o PSD e o Partido Socialista (PS).
A decisão do presidente de avançar com novas eleições representa uma resposta institucional à instabilidade política no país. O processo eleitoral programado para maio busca restaurar a normalidade e definir a direção política de Portugal nos próximos anos, em meio à tensão e à incerteza geradas pela recente crise no governo.