O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou um decreto de emergência na tarde de sexta-feira (14) devido à forte enchente do Rio Acre, que afetou mais de 40 bairros na capital acreana. O nível das águas alcançou 15,33 metros, superando a cota de alerta e o nível de transbordo. A situação tem agravado as condições de vida de milhares de famílias, com cerca de 4 mil pessoas diretamente impactadas, incluindo 65 desabrigadas e mais de 100 desalojadas. A cidade já enfrentava a elevação das águas desde segunda-feira (10), e a previsão é de que o nível do rio ultrapasse os 16 metros no fim de semana.
Em resposta, o governo municipal iniciou ações para fornecer apoio imediato às vítimas, incluindo a montagem de abrigos no Parque de Exposições Wildy Viana, onde as famílias afetadas estão sendo cadastradas e recebendo assistência. O prefeito ressaltou que, sem o decreto de emergência, os processos burocráticos de aquisição de itens de primeira necessidade, como colchões e alimentos, seriam mais lentos, comprometendo a agilidade das ações. A Prefeitura também anunciou que a questão do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) será tratada em um projeto de lei, isentando os moradores das áreas atingidas pela enchente.
Enquanto isso, o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, alertou que as chuvas podem se intensificar nos próximos dias, complicando ainda mais a situação já vivida pela população. A enchente representa mais um ano de sofrimento para famílias que, como a do motoboy Jean Costa, enfrentam a tragédia repetidamente. A constante subida das águas tem gerado um sentimento de impotência entre os moradores, que pedem uma resposta mais eficaz das autoridades para evitar novos danos e melhorar a gestão das ações emergenciais.