A Prefeitura de Goiânia firmou um contrato de R$ 9 milhões com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para acelerar a análise de mais de 8 mil pedidos de afastamento médico que aguardavam avaliação na Gerência da Junta Médica. A decisão, publicada no Diário Oficial do Município, foi autorizada sem licitação, já que o Sesi é uma entidade sem fins lucrativos. O acordo, que deve ser assinado em 1º de abril, tem prazo de um ano e visa reduzir a demora nos processos, que em março alone afastou mais de 1,2 mil servidores, custando mais de R$ 6 milhões aos cofres públicos.
A medida surge após a gestão municipal identificar um número elevado de pedidos de afastamento, especialmente na Educação, onde cerca de 4 mil servidores foram afastados no ano passado. Uma auditoria privada já havia sido contratada em janeiro para investigar possíveis irregularidades, como um suposto esquema de atestados médicos. A nova parceria com o Sesi busca trazer transparência ao sistema, mapeando o perfil das licenças, incluindo tempo de afastamento e diagnósticos, além de cruzar informações com os médicos responsáveis pelos atestados.
A terceirização da análise visa agilizar os processos e reduzir custos, embora a administração municipal não tenha confirmado se investigará especificamente a venda de atestados. A iniciativa reflete a preocupação com a eficiência do serviço público e a necessidade de controle sobre os afastamentos, que impactam significativamente os gastos da prefeitura.