O presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM) participou de uma reunião da Confederação Nacional de Municípios (CNM) para debater pautas prioritárias, incluindo a possível perda de recursos devido à ampliação da isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil. Embora o tema não tenha sido discutido em detalhes com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, há preocupação com o impacto financeiro nos municípios, especialmente em Goiás, onde o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) alerta para reduções significativas na arrecadação.
Segundo o TCM, a isenção pode afetar desproporcionalmente os municípios menores, com perdas médias de até 38,2% para cidades com menos de 5 mil habitantes. Já municípios maiores, como Goiânia, teriam impacto menor, mas ainda relevante, com 5,8% das receitas correntes em risco. A CNM estima que o prejuízo total aos cofres municipais possa chegar a R$ 7 bilhões, exigindo medidas para mitigar os efeitos da mudança.
O estudo do TCM destaca que 50% dos municípios goianos perderão pelo menos um quarto da arrecadação do IRRF, com variações conforme o tamanho e a estrutura econômica local. A discussão sobre compensações ainda está em estágio inicial, já que o projeto de lei aguarda aprovação no Congresso. Enquanto isso, gestores buscam alternativas para equilibrar as contas públicas, especialmente em cidades mais dependentes desses recursos.