Os ovos de Páscoa ficaram 9,52% mais caros em 2024 em comparação ao ano anterior, segundo levantamento preliminar da Fipe. Nos últimos três anos, o aumento acumulado desses produtos chegou a 43%, com destaque para 2023, quando os preços subiram 18,61%. A alta é atribuída principalmente ao aumento de 189% no valor do cacau nos últimos 12 meses, causado pela queda na safra da Costa do Marfim, maior produtor mundial. Problemas climáticos reduziram a oferta global do insumo, pressionando os preços.
Além dos chocolates, outros itens tradicionais da Semana Santa também registraram aumentos significativos. O chocolate comum subiu 27,09%, enquanto bombons tiveram alta de 13,58%. Entre os peixes, a merluza e o cação lideraram os reajustes, com aumentos de 6,81% e 6,34%, respectivamente. O bacalhau, o camarão e a sardinha também ficaram mais caros, embora em menor proporção.
O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe destacou que os fatores climáticos impactaram diretamente a cadeia de produção, elevando os custos dos insumos nos últimos três anos. A Abia reforçou que a escassez de cacau foi um dos principais motivos para o encarecimento dos produtos à base de chocolate, afetando especialmente itens sazonais como os ovos de Páscoa.