O prazo para que os acusados no inquérito do golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentem suas defesas prévias ao Supremo Tribunal Federal (STF) se encerra nesta quinta-feira, 6 de março. A defesa prévia é uma etapa em que os denunciados tentam convencer os ministros do STF a rejeitar as acusações antes da instauração formal do processo. A partir da notificação dos advogados, em 19 de fevereiro, as defesas tiveram 15 dias para se manifestar, e a Primeira Turma do STF analisará se há elementos suficientes para seguir com a denúncia.
As defesas, incluindo as de Bolsonaro, pediram a prorrogação do prazo, alegando que não tiveram acesso completo às provas da investigação, como as mensagens extraídas dos celulares apreendidos. No entanto, os pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, que alegou que os advogados já tinham acesso integral aos documentos e provas relacionadas ao caso, incluindo a delação de um dos envolvidos. Moraes também havia tornado públicos os autos e os anexos da colaboração premiada, garantindo que todos os denunciados tivessem acesso às provas sigilosas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou acusações graves contra os denunciados, que incluem tentativa de golpe de estado, organização criminosa armada, e danos ao patrimônio público. Além disso, a lista de denunciados é extensa, com 34 nomes de pessoas ligadas ao episódio de 8 de janeiro, que estão sendo investigadas no âmbito de um dos maiores casos políticos do país. O STF agora analisará as defesas para decidir se dará prosseguimento ao processo.