O prazo para a defesa dos acusados no inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, encerra na quinta-feira (6). A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia, e as defesas devem encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas argumentações preliminares, tentando evitar a abertura de um processo penal. O período para a entrega das defesas foi estipulado em 15 dias, a partir da notificação realizada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 19 de fevereiro.
Os advogados de defesa, incluindo os de Bolsonaro, solicitaram mais tempo para analisar as provas, alegando dificuldades de acesso completo aos materiais da investigação. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes negou os pedidos de suspensão do prazo e ampliou o acesso às provas já documentadas. A análise das defesas será feita pela Primeira Turma do STF, responsável por processos criminais, e os advogados estão trabalhando na revisão do processo e na indicação de testemunhas, caso o caso avance.
Os acusados enfrentam diversas acusações relacionadas à tentativa de golpe, incluindo crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada e danos ao patrimônio da União. Além disso, o caso envolve investigações sobre possíveis ações de alguns envolvidos para influenciar as eleições de 2022 e sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. O STF tem acesso a uma vasta documentação, incluindo provas sigilosas e depoimentos de delatores.