As previsões para os próximos meses indicam uma possível ativação da bandeira tarifária amarela já em maio, devido à combinação de altas temperaturas e chuvas abaixo da média. Especialistas acreditam que as condições climáticas e o aumento do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) irão pressionar os custos de energia elétrica, elevando o risco de cobranças adicionais para os consumidores. A bandeira amarela, que acrescentaria R$ 1,88 a cada 100 kWh, pode durar até o final do ano, caso as condições hidrológicas se mantenham desfavoráveis.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, em março, não haverá cobrança adicional nas contas, com a bandeira verde em vigor. Entretanto, a tendência é que essa situação mude a partir de maio, quando o risco de bandeira amarela se torna mais provável, e o valor do PLD deve superar os R$ 300 por megawatt-hora (MWh), refletindo uma escalada nos custos da energia. A expectativa de aumento da tarifa é compartilhada por várias consultorias e pelo relatório da Câmara de Comercialização de Energia (CCEE).
Os cenários de previsão do setor indicam que, em um contexto mais adverso, a bandeira vermelha pode ser acionada já em junho, com a possibilidade de um ciclo de alta nos preços até o final do ano. Análises de diferentes consultorias, como a XP e a PSR Energy, apontam para uma intensificação do risco de tarifação amarela em maio, com possíveis mudanças na cobrança a partir de julho. Caso o cenário se confirme, o mês de dezembro poderia trazer alívio, com a volta à bandeira verde, dependendo da intensidade da próxima estação chuvosa.