O anúncio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de que pedirá afastamento da Câmara dos Deputados para viver nos Estados Unidos gerou reações polarizadas entre aliados e opositores. Seus apoiadores, incluindo membros da família Bolsonaro, defendem que ele está sofrendo um exílio político, enquanto críticos o acusam de covardia e tentativa de fugir das responsabilidades legais, especialmente em meio à proximidade de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma possível acusação de tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A família Bolsonaro, em especial o pai e o irmão Flávio Bolsonaro, reafirmaram apoio ao deputado, destacando a pressão política que ele enfrenta. Também houve manifestações de apoio de políticos como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que se mostrou solidário com Eduardo em um momento de dificuldades. Por outro lado, figuras da oposição, como o ministro Paulo Teixeira e os deputados Guilherme Boulos e Glauber Braga, criticaram o afastamento como uma forma de evitar a justiça, ressaltando a incoerência de Eduardo, que em 2018 defendeu medidas extremas contra o STF.
Nas redes sociais, os termos “covarde” e “traidor” se destacaram entre os comentários sobre o caso, com intensos debates públicos sobre a postura do deputado. A situação reflete o clima de polarização política no Brasil, com críticas ao que muitos consideram uma fuga da responsabilidade, enquanto outros a interpretam como uma reação às perseguições políticas e jurídicas enfrentadas pela família Bolsonaro. O episódio também coloca em evidência a continuidade da divisão política e os desafios legais que seguem marcando a política brasileira.