A Polícia Civil tem conseguido recuperar celulares roubados em diversos estados brasileiros, embora a taxa de devolução ainda seja baixa. Em 2024 e 2025, mais de 566 mil aparelhos foram furtados ou roubados, mas apenas 1,6% foram recuperados, segundo dados oficiais. Casos como o de uma fotógrafa que recuperou seu dispositivo após três meses mostram avanços, mas a maioria das vítimas ainda não tem o mesmo resultado. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo registraram quedas nos crimes, mas o desafio permanece.
Programas como o “Recupera”, no Espírito Santo, e o “Alerta Celular”, em Pernambuco, têm sido implementados para aumentar a eficiência na recuperação. Algumas iniciativas incluem notificações por WhatsApp e mutirões de devolução. No entanto, a exportação ilegal de aparelhos para outros países dificulta o rastreamento, como destacou o vice-governador de Minas Gerais. Além disso, a falta de registro do IMEI em boletins de ocorrência ainda é um obstáculo para localizar os dispositivos.
Apesar dos esforços, especialistas apontam que a desvalorização dos aparelhos roubados, por meio de bloqueios rápidos, é essencial para reduzir a demanda. O aplicativo “Celular Seguro”, lançado pelo Ministério da Justiça, busca facilitar esse processo. Enquanto alguns estados comemoram quedas nos roubos, a baixa taxa de recuperação mostra que ainda há um longo caminho a percorrer no combate a esse tipo de crime.