A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não encontrou conversas entre o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e a vereadora assassinada em 2018. A ausência de qualquer diálogo entre os dois foi confirmada após a perícia realizada no celular de Rivaldo Barbosa, que está preso preventivamente desde março do ano passado. A defesa do ex-delegado havia solicitado a análise do material para comprovar uma relação cordial e profissional entre ele e a vítima, como parte de sua estratégia de defesa no caso.
Além das conversas com a vereadora, a defesa também solicitou que fossem investigadas mensagens com outros envolvidos no caso, incluindo delegados que atuaram na investigação e um policial que relatou interferências nas apurações. Contudo, a PF não encontrou nenhum registro relevante nesses aparelhos, nem no celular de Rivaldo, nem no de sua esposa, conforme informado pelo delegado responsável pela investigação.
O assassinato de Marielle Franco e seu motorista ocorreu em março de 2018, quando ambos foram mortos a tiros no Rio de Janeiro. A motivação do crime está ligada à atuação da vereadora contra a grilagem de terras em áreas controladas por milícias. A acusação da Procuradoria-Geral da República aponta que o ex-delegado estaria envolvido no planejamento e encobrimento do crime, junto com outras figuras políticas. A investigação continua em andamento, enquanto os detalhes do processo judicial seguem sendo discutidos.