A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não localizou mensagens entre o delegado investigado, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e a vítima. A informação foi revelada após a extração de conversas de aplicativos de mensagens do celular apreendido do delegado e de sua esposa. A defesa do investigado argumenta que a ausência de registros de comunicação é uma prova de que a relação entre ele e Marielle era estritamente profissional e cordial.
O pedido para a coleta dessas mensagens partiu do ministro Alexandre de Moraes, que também solicitou conversas entre o delegado e outros envolvidos na apuração do caso, como outros delegados responsáveis pela investigação. Entretanto, a Polícia Federal não encontrou registros dessas interações. O objetivo da defesa era demonstrar que o investigado não teve interferência indevida nas investigações do caso Marielle.
O delegado é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser um dos responsáveis pelo planejamento e execução do crime, além de tentar obstruir as investigações enquanto exercia funções na Polícia Civil do Rio de Janeiro. A motivação do crime seria a atuação de Marielle contra práticas ilegais envolvendo milícias e grilagem de terras na zona oeste do Rio. O caso continua sendo investigado, e o delegado está preso preventivamente desde o ano passado.