O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) enfrenta um possível processo de cassação após publicar declarações polêmicas nas redes sociais, direcionadas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Gayer sugeriu um trisal envolvendo Alcolumbre, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o deputado Lindbergh Farias, além de associar Hoffmann a uma garota de programa. A situação gerou tensões políticas, especialmente depois que Alcolumbre anunciou que levará o caso ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Em resposta às acusações, Alcolumbre informou que está consultando advogados e cogita medidas na esfera criminal. Ele criticou o uso da imunidade parlamentar para ataques pessoais e ressaltou que essa postura contribui para a deterioração das relações no país. Contudo, Alcolumbre declarou que não sabia se as declarações de Gayer poderiam resultar na cassação do deputado, deixando a questão a cargo do Conselho de Ética, que avaliará as implicações das falas.
Gayer, por sua vez, defendeu suas palavras, alegando que suas críticas foram direcionadas ao presidente da República, e não a Alcolumbre. Segundo o deputado, seu objetivo era denunciar atitudes desrespeitosas contra Gleisi Hoffmann e não ofender o presidente do Senado. O especialista em Direito Parlamentar Daniel Silva observou que, apesar da imunidade parlamentar, o episódio precisa ser tratado com responsabilidade, destacando que a análise da cassação dependerá da gravidade dos danos causados, tanto às pessoas envolvidas quanto à imagem das instituições.