Marcos Vilaça, poeta, advogado, jornalista e professor, faleceu aos 85 anos neste sábado (29), após seis meses internado devido a uma infecção respiratória. Nascido em Nazaré da Mata (PE), Vilaça teve uma carreira marcante como docente na Faculdade de Direito do Recife e como defensor da democracia e dos direitos sociais. Além de ocupar cargos públicos, como a chefia da Casa Civil de Pernambuco e a presidência do Tribunal de Contas da União, ele deixou contribuições significativas na literatura, com obras que incluíam poesias, ensaios e romances.
Ele foi um dos principais nomes da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde atuou por 40 anos e assumiu a presidência em quatro ocasiões. Vilaça foi reconhecido por integrar a cultura popular com a erudição, sendo considerado um inovador por colegas como Marco Lucchesi e Merval Pereira, atual presidente da ABL. Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com a transformação cultural e social, além de uma profunda conexão com as expressões artísticas brasileiras.
Vilaça deixa dois filhos e cinco netos, que destacam seu legado familiar e humano. Seu corpo será cremado neste domingo (30), e suas cinzas serão lançadas na Praia de Boa Viagem, no Recife, local onde também repousam as cinzas de sua esposa, Maria do Carmo, companheira de toda uma vida. Sua neta, Illana Mendonça, descreveu-o como “um ser humano único”, lembrando suas virtudes e generosidade.