Se estivesse vivo, Renato Russo, ícone do rock brasileiro, completaria 65 anos nesta quinta-feira (27). Sua morte precoce, em 1996, interrompeu uma carreira que, segundo amigos e familiares, poderia ter se expandido para além da música. Carmen Teresa, irmã do artista, acredita que ele já teria abandonado a carreira musical devido ao desgaste do meio, dedicando-se a outras paixões, como o cinema e a literatura.
Amigos próximos, como Marcelo Beré e Kadu Lambach, reforçam essa visão, destacando o fascínio de Renato pela sétima arte e sua escrita compulsiva. Beré menciona que o músico tinha planos de publicar um livro, enquanto Lambach imagina que ele estaria envolvido com roteiros e crítica cultural, talvez até ingressando na Academia Brasileira de Letras. Além disso, sua postura política antifascista e humanista marcaria sua atuação no cenário atual, defendendo democracia e justiça social.
A irmã de Renato corrobora as projeções, afirmando que o cinema seria sua prioridade antes de migrar para a escrita na velhice. Sua erudição e pensamento crítico, aliados à maturidade, fariam dele uma voz única na cultura brasileira. O legado de Renato Russo, portanto, transcenderia a música, ecoando em outras formas de arte e no debate público.