A Phronima sedentaria, um crustáceo marinho das profundezas oceânicas, é conhecida por sua aparência peculiar, que lembra criaturas alienígenas. Recentemente, um exemplar foi encontrado em uma praia, após uma tempestade arrastar o animal para a areia, o que chamou a atenção para a raridade dessa espécie. Esse crustáceo é um anfípode parasita, o que significa que depende de outros organismos para sua sobrevivência, uma característica que o torna único no seu grupo.
Essa espécie habita os oceanos a uma profundidade de até 1 km e se destaca por seu tamanho relativamente grande em comparação com outros membros da família Phronimidae. Sua principal presa são as salpas, animais gelatinosos que se assemelham a águas-vivas, mas estão mais distantes na escala evolutiva. As salpas possuem uma notocorda, estrutura primitiva parecida com uma coluna vertebral, o que as aproxima de vertebrados em termos evolutivos.
Em vez de devorar suas presas, a Phronima sedentaria adota uma estratégia distinta: ela escava e esvazia o corpo das salpas, transformando-o em um abrigo flutuante. Esse comportamento incomum permite que o crustáceo se proteja enquanto se desloca pelas correntes oceânicas, garantindo sua sobrevivência nas profundezas do mar. A descoberta do exemplar na praia sublinha a singularidade do animal e sua adaptabilidade aos ambientes extremos do oceano.