O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reiterou, no dia 18 de março, um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que os acusados do núcleo 2 da trama golpista sejam tornados réus. A manifestação refutou as alegações de defesa dos seis denunciados, que são acusados de tentar garantir a permanência de um governo de forma ilegítima em 2022. As defesas contestaram, entre outros pontos, a competência da Primeira Turma do STF e a validade da delação de um ex-assessor do ex-presidente.
Os denunciados do núcleo 2 são figuras que ocuparam cargos de relevância, incluindo assessores de assuntos internacionais e segurança, além de membros de forças de segurança pública e do Exército. O pedido da PGR foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que solicitou ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, a definição de uma data para o julgamento do grupo.
O julgamento do núcleo 1, que envolve outros envolvidos na trama, foi agendado para 25 de março. Caso o STF aceite a denúncia, os acusados, incluindo figuras de destaque político e militar, se tornarão réus e enfrentarão uma ação penal. A decisão sobre os casos será tomada pela Primeira Turma, composta por cinco ministros do STF, que terão o papel de avaliar as evidências e decidir pela continuidade do processo.