A Petrobras anunciou recentemente que seus funcionários em regime híbrido deverão aumentar os dias presenciais de 2 para 3 por semana, a partir de abril de 2025. Essa mudança gerou reações negativas entre os trabalhadores, especialmente após críticas feitas por uma funcionária, Luciana Frontin, que expressou preocupações sobre os impactos dessa medida na saúde e produtividade. De acordo com o diretor do Sindipetro-RJ, Antony Devalle, a decisão foi tomada sem a apresentação de estudos sobre os possíveis efeitos adversos do modelo anterior, que havia se mostrado eficiente durante a pandemia.
A mudança de política afetou especialmente trabalhadores que, após a venda de ativos da Petrobras em administrações passadas, precisaram se realocar para outros estados. Para muitos, o modelo híbrido de trabalho com 2 dias presenciais facilitava a conciliação com a vida familiar, especialmente para aqueles que se mudaram de regiões distantes, como o Nordeste. O aumento dos dias presenciais dificulta essa dinâmica e pode afetar o deslocamento de funcionários dentro da cidade do Rio de Janeiro, já que muitos se mudaram para bairros mais afastados buscando melhor qualidade de vida e redução de custos.
O movimento sindical se mobilizou contra a decisão da Petrobras, com manifestações e uma greve de 24 horas programada para o dia 26 de março de 2025. As entidades sindicais, incluindo a FUP e a FNP, expressaram seu apoio às críticas de Frontin e destacaram a falta de transparência no processo decisório. A Petrobras, por sua vez, declarou que respeita o direito de manifestação e mantém diálogo com as entidades sindicais, mas ressaltou que a mudança visa atender aos desafios estratégicos da empresa, como o crescimento e a formação de novos funcionários.