Líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias e Rogério Correia, pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja monitorado por tornozeleira eletrônica e tenha restrições em sua movimentação, como a proibição de se aproximar de embaixadas estrangeiras e de deixar Brasília sem autorização judicial. O pedido, fundamentado nas graves acusações contra Bolsonaro, visa evitar o risco de fuga, especialmente após sua presença na Embaixada da Hungria em fevereiro de 2024, o que gerou suspeitas de tentativa de asilo diplomático.
Em fevereiro de 2024, a PGR denunciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, acusadas de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A solicitação feita pelos deputados será analisada pela PGR e, caso aceita, será encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para avaliação. Os parlamentares fundamentaram o pedido no Código de Processo Penal, que prevê medidas cautelares para casos com risco de fuga.
Além das medidas de monitoramento e restrição de movimento, os petistas ressaltam que a proximidade de Bolsonaro com embaixadas estrangeiras pode comprometer a investigação em andamento. A presença do ex-presidente na Embaixada da Hungria em fevereiro foi vista como uma tentativa de buscar refúgio fora do Brasil, o que poderia prejudicar o processo jurídico e as investigações da Polícia Federal.