Na segunda-feira, 17, a presidente do Peru, Dina Boluarte, declarou estado de emergência no país e enviou tropas para apoiar a polícia no combate à violência em Lima. A medida foi tomada após uma série de protestos e aumento da criminalidade, que se intensificaram após o assassinato de um cantor popular no domingo. O governo anunciou que o estado de emergência terá duração de 30 dias e restringirá direitos como liberdade de reunião e de movimento, permitindo que a polícia e o exército detenham pessoas sem ordem judicial.
Nos últimos meses, o Peru tem enfrentado um aumento significativo em crimes violentos, incluindo assassinatos, extorsões e ataques a locais públicos. Entre 1º de janeiro e 16 de março, a polícia registrou 459 assassinatos e 1.909 denúncias de extorsão. A morte do vocalista de uma conhecida banda de cumbia, Paul Flores, gerou grande indignação e aprofundou o clima de tensão no país.
Com o decreto de estado de emergência, as autoridades tentam restaurar a ordem em meio à crescente violência. A medida, no entanto, levanta preocupações sobre a violação de direitos civis, especialmente no contexto de um aumento de repressão nas ruas e em protestos que já ocorriam antes da tragédia.