O câncer de pâncreas é um dos tumores mais agressivos e de difícil detecção, representando um desafio significativo para a medicina. Apesar de corresponder a apenas 1% dos casos de câncer no Brasil, é responsável por 5% das mortes relacionadas à doença, segundo o INCA. Fatores como idade avançada, obesidade, diabetes tipo 2, tabagismo e consumo excessivo de álcool aumentam o risco. Os sintomas costumam ser silenciosos, mas incluem perda de peso inexplicável, dor abdominal, icterícia e urina escura, muitas vezes só aparecendo em estágios avançados.
O diagnóstico é realizado por meio de avaliação clínica e exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, já que a ultrassonografia pode não ser suficiente para visualizar o pâncreas com clareza. A biópsia é essencial para confirmar a doença e determinar sua extensão. O tratamento varia conforme o estágio do tumor, podendo incluir cirurgia (principal opção curativa em casos localizados), quimioterapia, radioterapia e terapias direcionadas, que atuam em alvos moleculares específicos.
Grupos de maior risco, como pessoas com histórico familiar, portadores de pancreatite crônica ou diabetes de difícil controle, devem ter acompanhamento médico regular. A detecção precoce é rara, mas crucial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Avanços recentes, como a cirurgia robótica e medicamentos direcionados a mutações genéticas, trazem esperança para pacientes, embora o prognóstico ainda seja desafiador.