O Oscar de 2025 acontece no próximo domingo, com destaque para o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, que concorre em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. A cerimônia, que se realiza no Dolby Theatre, em Hollywood, reflete as conquistas e desafios do cinema internacional, especialmente no que diz respeito às produções latino-americanas. Embora a premiação tenha se tornado mais inclusiva ao longo dos anos, a presença de filmes não estadunidenses, especialmente da América Latina, continua sendo limitada.
A história do Oscar em relação aos filmes internacionais começou a mudar a partir de 1956, quando a Academia reconheceu uma produção fora dos Estados Unidos, mas foi apenas em 1957 que a categoria dedicada a filmes estrangeiros foi estabelecida. Desde então, mudanças foram feitas para tornar o processo mais inclusivo, como a renomeação da categoria para Melhor Filme Internacional em 2020. Apesar dessas mudanças, a América Latina segue com uma participação discreta, com apenas 8,43% das indicações entre 1957 e 2025 e uma taxa de vitórias ainda menor, com apenas 4,41% das estatuetas conquistadas.
Em comparação com países europeus, que dominam o número de indicações, a América Latina ainda tem um longo caminho a percorrer. A França, com 39 indicações, é o país com mais nomeações, enquanto o México, o melhor colocado da América Latina, obteve apenas nove. O Brasil, com a indicação de “Ainda Estou Aqui”, conquista sua quinta nomeação, o que sublinha a raridade de indicações e vitórias de filmes latino-americanos na categoria de Melhor Filme Internacional.