A ONU publicou um relatório nesta quinta-feira (13) acusando autoridades de Israel de atos genocidas contra os palestinos, incluindo a destruição sistemática das unidades de saúde das mulheres em Gaza e o uso de violência sexual como estratégia de guerra. A Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU observou que tais ações afetaram gravemente a capacidade reprodutiva dos palestinos, com medidas que impedem nascimentos, qualificando-as como genocidas de acordo com a Convenção sobre Genocídio. Além disso, a comissão destacou um aumento nas mortes maternas devido ao acesso restrito a suprimentos médicos, o que configuraria um crime contra a humanidade.
Israel rejeitou as alegações, alegando que suas Forças de Defesa seguem diretrizes rigorosas contra tais abusos e que as revisões de suas ações cumprem os padrões internacionais. A missão permanente de Israel na ONU em Genebra descreveu o relatório como infundado e sem credibilidade. Por outro lado, o relatório também mencionou que Israel é parte da Convenção sobre Genocídio, embora não seja signatário do Estatuto de Roma, que permite a jurisdição do Tribunal Penal Internacional em casos de genocídio e crimes contra a humanidade.
O conflito em Gaza, iniciado após um ataque transfronteiriço do Hamas em outubro de 2023, resultou na morte de mais de 48 mil palestinos, segundo autoridades locais. A resposta internacional inclui processos legais, como um caso de genocídio aberto pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça, enquanto a Corte Internacional de Justiça ordenou medidas preventivas para evitar genocídios em situações semelhantes.