Em 2023, centenas de milhares de poloneses tomaram as ruas do país, protestando por mudanças nas rígidas leis de aborto, com slogans como “A revolução tem um útero” e “Meu corpo, minha escolha”. Esses protestos ajudaram a eleger um novo primeiro-ministro que prometeu uma reforma rápida nas leis, mas, após mais de um ano de promessas não cumpridas, os defensores do direito ao aborto começaram a buscar soluções alternativas.
Diante da falta de ação do governo, um grupo de ativistas decidiu abrir um centro de interrupção de gravidez no coração do poder político polonês, a poucos passos do parlamento em Varsóvia. A iniciativa visa oferecer suporte a mulheres que buscam a interrupção legal da gravidez, em uma tentativa de contornar as restrições legislativas que continuam a ser um obstáculo no país.
A medida reflete a crescente frustração com a inação das autoridades e a determinação do movimento em garantir os direitos reprodutivos, mesmo em um contexto político tenso. A expectativa é que a abertura do centro seja um passo importante na luta por mudanças nas políticas de saúde reprodutiva na Polônia.