A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro solicitou a exclusão de um advogado de seus quadros após a descoberta de ataques racistas dirigidos a uma juíza em uma petição oficial. O advogado foi acusado de proferir declarações discriminatórias contra a magistrada, associando-a a comentários racistas e depreciativos. A petição, que foi apresentada em novembro de 2024, fazia parte de um processo judicial, mas o conteúdo foi amplamente criticado por seu teor ofensivo.
A OAB, por meio de sua corregedoria, considerou que a conduta do advogado foi incompatível com a ética da profissão, tornando-o moralmente inapto para exercer a advocacia. A medida de exclusão também foi acompanhada pela suspensão preventiva de suas atividades profissionais. A situação gerou indignação tanto no âmbito jurídico quanto na sociedade, sendo repudiada por diversas instituições, incluindo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj).
Além da exclusão da OAB, o caso foi encaminhado ao Ministério Público, que pode decidir sobre a apresentação de uma denúncia. A repercussão do caso destaca a crescente intolerância em relação a manifestações de racismo no Brasil e a necessidade de medidas rigorosas para combater atitudes discriminatórias, especialmente no âmbito jurídico.