A repressão que começou sob a administração Biden e se intensificou sob a presidência Trump é um reflexo de uma preocupação crescente com a falta de supervisão democrática sobre certos grupos de interesse. A detenção de Mahmoud Khalil, por exemplo, levantou questões sobre o uso excessivo do poder por agências governamentais, com o impacto de silenciar a população, que teme consequências irreversíveis. Isso faz com que a proteção à liberdade de expressão, garantida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, pareça cada vez mais fragilizada.
Parte dessa erosão dos direitos pode ser atribuída à crescente influência das organizações não-governamentais e sem fins lucrativos, que passaram a desempenhar um papel significativo nas decisões políticas e sociais desde a década de 1940. Tais organizações, frequentemente isentas de impostos, têm se envolvido em questões de políticas públicas, desde a habitação e saúde até legislações mais controversas, como as que regulam a liberdade de expressão em relação a críticas a determinados países.
Esse processo tem implicações profundas sobre como o poder é exercido no país, com entidades privadas moldando políticas públicas sem o devido controle democrático. A entrega de responsabilidades governamentais a esses grupos reflete uma crescente centralização de poder fora das estruturas tradicionais do Estado, que em muitos casos atua sem a devida transparência ou responsabilização pública.