O cargo de “sobrevivente designado” foi criado durante a Guerra Fria para garantir a continuidade do governo dos Estados Unidos em caso de uma tragédia ou ataque que dizimasse a cúpula governamental. Quando ocorre um evento como um discurso presidencial que reúne todos os membros do governo, um indivíduo é escolhido para ficar de fora e ser levado a um local secreto, longe de Washington, para assumir a presidência em caso de emergência. O último escolhido para essa função foi Doug Collins, secretário de Assuntos dos Veteranos durante o governo Trump, durante um discurso do presidente no Congresso.
A tradição do sobrevivente designado começou na década de 1950 e é uma medida para proteger a sucessão presidencial. Embora a linha de sucessão seja extensa, com o vice-presidente e o presidente das casas legislativas como os primeiros na ordem, o sobrevivente designado é normalmente um membro de baixo escalão da administração. A identidade dessa pessoa só se tornou pública na década de 1980, e o mais alto nome escolhido foi o Advogado-Geral dos EUA, que ocupa a sétima posição na linha de sucessão.
A função de sobrevivente designado desperta grande fascínio público por sua natureza inesperada e dramática. Historiadores apontam que a ideia de um indivíduo comum ser repentinamente elevado à presidência é uma história cativante, refletindo um momento de crise e grande responsabilidade. O conceito é explorado de forma fictícia na série “Designated Survivor”, mas na vida real, a escolha anual do sobrevivente continua sendo uma prática de segurança e planejamento estratégico crucial para a estabilidade governamental dos Estados Unidos.