O mercado de vinhos tem sido marcado por uma tendência crescente de usar termos como “clima frio” como um sinal de qualidade, embora esse conceito nem sempre seja tão preciso quanto parece. No entanto, existem casos em que a descrição é realmente válida, como no caso do Sauvignon Blanc da Iona, produzido na região mais fria da África do Sul, Elgin. Este vinho destaca-se por sua frescor, pureza e frutas vibrantes, características que justificam o uso do termo “clima frio”, já que a região de Elgin realmente possui um clima ideal para o cultivo de vinhedos de alta qualidade.
Por outro lado, o vinho Bacchus da Lyme Bay, da Inglaterra, também se beneficia da produção em clima frio. A viticultura inglesa, embora tenha avançado nas últimas décadas, ainda se encontra em uma região com verões relativamente frios, o que resulta em vinhos com alta acidez e baixo teor alcoólico. Isso confere aos vinhos ingleses uma identidade própria, com destaque para os espumantes enérgicos e os vinhos brancos aromáticos e secos, como o Bacchus da M&S, que apresenta notas de capim e frescor.
No geral, os vinhos de clima frio continuam a ser uma expressão única da viticultura, com características que os diferenciam das produções de regiões mais quentes. A combinação de acidez elevada e frescor é valorizada por muitos apreciadores, sendo um dos principais atrativos desses vinhos. Contudo, é importante que os consumidores compreendam o significado real de termos como “clima frio”, que, embora frequentemente usados como sinônimos de qualidade, devem ser avaliados com cautela e no contexto específico de cada região produtora.