O governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre veículos e peças automotivas importadas, válida a partir de 3 de abril. A medida, que visa incentivar a produção local, afetará principalmente componentes como motores, transmissões e partes elétricas, podendo elevar o preço dos carros em até US$ 10 mil. Fabricantes e economistas alertam para os impactos na cadeia produtiva, já que muitos veículos vendidos no país são montados com peças vindas do México, Canadá, Coreia do Sul e outros parceiros comerciais.
A decisão provocou reações imediatas de líderes internacionais. Canadá, México, Japão e países europeus criticaram a medida, ameaçando adotar tarifas retaliatórias ou recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). A Alemanha destacou que a União Europeia protegerá sua indústria, enquanto o Brasil afirmou que, se necessário, responderá com medidas equivalentes sobre produtos americanos. As bolsas de valores já refletiram a preocupação, com quedas nas ações de montadoras.
Especialistas destacam os desafios logísticos e econômicos da mudança, já que realocar fábricas para os EUA pode levar anos. A medida também pode tensionar as relações comerciais globais, especialmente com parceiros que têm cadeias de produção integradas. Enquanto isso, consumidores americanos podem enfrentar preços mais altos, e a indústria automotiva se prepara para ajustes significativos no curto prazo.