O governo britânico anunciou uma proposta de reforma digital que visa substituir o trabalho de servidores públicos por inteligência artificial (IA) sempre que for possível manter o mesmo nível de qualidade. O objetivo é gerar uma economia significativa de até £45 bilhões, modernizando processos e aumentando a eficiência na administração pública. Essa iniciativa faz parte de um plano mais amplo de reestruturação do Estado, com ênfase no uso de tecnologias avançadas para otimizar os serviços governamentais.
A medida gerou reações de sindicatos, que expressaram preocupações sobre o impacto dessa mudança na força de trabalho pública e nas condições de trabalho dos servidores. A crítica central dos sindicatos é que o governo está tentando transferir a responsabilidade por problemas administrativos para os funcionários, em vez de lidar diretamente com as questões estruturais e de gestão interna. Além disso, alertam que a substituição de pessoas por máquinas pode afetar a qualidade e a confiança nas operações governamentais.
Apesar das críticas, o governo segue defendendo que a reforma digital trará benefícios financeiros substanciais e ajudará a reduzir o tamanho da máquina pública. O primeiro-ministro deve apresentar oficialmente os detalhes da reforma digital em um pronunciamento nesta quinta-feira, explicando como a tecnologia pode transformar o serviço público, ao mesmo tempo em que garante a manutenção dos serviços essenciais.