O governo britânico anunciou novas diretrizes para implementar uma “revolução digital”, com a promessa de economizar bilhões de libras no setor público. A proposta sugere que a inteligência artificial (IA) deve substituir o trabalho de servidores públicos quando possível, desde que o serviço seja executado com o mesmo padrão de qualidade. Essa mudança visa modernizar a gestão pública e reduzir custos com a burocracia tradicional, aproveitando o potencial da tecnologia para tornar os serviços mais eficientes.
No entanto, a implementação das novas regras gerou preocupações entre sindicatos, que alertam sobre os possíveis impactos nas funções dos servidores. Os representantes de trabalhadores criticaram a ideia de transferir responsabilidades para a IA e acusam o governo de transferir a culpa dos problemas administrativos para os servidores públicos, sem considerar as reais dificuldades enfrentadas por esses profissionais. A proposta é vista como um reflexo de uma tentativa de culpar os servidores por falhas no sistema, sem tratar adequadamente as causas subjacentes.
Em resposta às críticas, o primeiro-ministro anunciou que dará mais detalhes sobre o plano durante um pronunciamento, afirmando que a revolução digital trará benefícios econômicos significativos ao governo. Contudo, o debate sobre os impactos da digitalização sobre o trabalho humano e a gestão pública continua a polarizar opiniões, com muitos defendendo uma abordagem mais cautelosa na integração da tecnologia nas funções governamentais.