A Coreia do Norte enviou mais de mil soldados adicionais para a Rússia no início deste ano, elevando o total de tropas despachadas para cerca de 11 mil, segundo fontes militares da Coreia do Sul. Desse contingente, aproximadamente quatro mil teriam sido mortos ou feridos em combate na Ucrânia. Além das tropas, Pyongyang também forneceu mísseis balísticos de curto alcance, obuses e lançadores de foguetes, com promessas de aumentar o apoio conforme a necessidade. O anúncio coincide com os preparativos para uma visita do líder norte-coreano à Rússia, reforçando os laços bilaterais firmados em um pacto de defesa no ano passado.
Enquanto isso, negociações para um cessar-fogo no conflito enfrentam obstáculos, com a Rússia condicionando a trégua à suspensão de sanções econômicas. Líderes europeus se reuniram em Paris para discutir assistência à Ucrânia e estabilidade regional, enquanto os EUA afirmam que ambos os lados concordaram em evitar confrontos no Mar Negro. No entanto, ataques continuam ocorrendo, como o recente bombardeio russo com drones em Kharkiv, que deixou feridos e danos civis.
A parceria entre Moscou e Pyongyang também levanta preocupações sobre transferências de tecnologia, incluindo possíveis avanços em drones e sistemas espaciais. A Coreia do Norte testou recentemente drones com inteligência artificial, e analistas sugerem que equipamentos russos podem estar sendo integrados a seus sistemas. O envio de tropas e armas, aliado à cooperação técnica, indica um aprofundamento da aliança, com implicações para o equilíbrio regional e global.