A última rodada de negociações sobre a segunda fase do cessar-fogo entre Israel e o Hamas não avançou, de acordo com fontes ligadas ao grupo palestino. As discussões, que ocorriam no Cairo, não tiveram progresso até a sexta-feira, 28 de fevereiro, e a retomada das conversas no sábado, 1º de março, ainda era incerta. O acordo de cessar-fogo atual, que termina neste sábado, foi alcançado em uma tentativa de interromper 15 meses de combates e resultou na liberação de 33 reféns, incluindo oito corpos, em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos. No entanto, os confrontos não devem reiniciar enquanto as negociações continuam em andamento.
As conversações sobre a segunda fase do cessar-fogo envolvem representantes de Israel, Catar, Egito e Estados Unidos, com o objetivo de resolver questões-chave como a libertação dos reféns vivos e a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Embora o Hamas não participe diretamente das negociações, seus interesses estão sendo representados por mediadores egípcios e do Catar. Apesar dos esforços, um porta-voz do Hamas indicou que não houve avanços concretos até o final da semana, e ainda não há uma previsão clara de quando as negociações poderão ser retomadas.
Além das discussões sobre a segunda fase do cessar-fogo, outros temas estão sendo tratados, como a melhoria na entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O governo israelense também propôs uma extensão do cessar-fogo por 42 dias, até o mês sagrado muçulmano do Ramadã, o que foi rejeitado pelo Hamas, que argumentou que a proposta violaria os termos do acordo de trégua original. A situação continua incerta, com pressões internacionais sobre ambos os lados para garantir a implementação completa do cessar-fogo e a promoção da estabilidade na região.