Um navio de resgate da organização Sea-Watch recuperou mais de 30 migrantes, incluindo duas crianças, que estavam presos por quatro dias em uma plataforma de gás no Mediterrâneo, na costa da Tunísia. O grupo foi avistado por um avião de reconhecimento da organização no sábado, próximo à plataforma Miskar, enquanto um bote de borracha vazio flutuava nas imediações. O resgate foi realizado na manhã de terça-feira (4), quando o navio Aurora, partindo de Lampedusa, conseguiu salvar os migrantes e levá-los para segurança.
Os migrantes haviam escapado da Líbia, mas ficaram à deriva após o bote que utilizavam parar de funcionar. Durante os quatro dias em que estiveram na plataforma, as pessoas sofreram com o frio e a falta de cuidados médicos, e uma vítima faleceu. De acordo com o Alarm Phone, um grupo de ajuda humanitária para migrantes no mar, algumas das pessoas também estavam doentes.
Esse resgate ocorre em meio a uma série de acordos entre governos europeus e os países da Tunísia e Líbia, com o objetivo de interceptar e devolver migrantes, em uma tentativa de combater a imigração irregular. No entanto, tais acordos têm gerado críticas de grupos de direitos humanos, que alertam para os riscos e as condições desumanas enfrentadas por muitas dessas pessoas no processo de repatriação.