Nauru, uma pequena nação insular do Pacífico, está oferecendo cidadania por meio de um programa de passaporte dourado, com o objetivo de arrecadar recursos para enfrentar os desafios climáticos impostos pelo aumento do nível do mar e outros fenômenos naturais. A ilha, com apenas 20 km² e uma população de cerca de 12.500 habitantes, planeja utilizar os fundos para mover a maior parte de sua população para terrenos mais altos, criando uma nova comunidade em um local mais seguro. O programa promete arrecadar milhões de dólares, contribuindo para a construção de um futuro mais resiliente diante das ameaças ambientais.
O governo de Nauru afirma que a venda de passaportes é uma solução inovadora para financiar a adaptação à mudança climática, em um contexto em que a ajuda internacional para combater os efeitos da crise climática tem diminuído. Com um custo de US$ 105.000 por passaporte, a iniciativa também visa abrir portas para os novos cidadãos em vários países ao redor do mundo, oferecendo vantagens de mobilidade global, como acesso sem visto a 89 países. No entanto, a venda de cidadania tem gerado controvérsias, especialmente devido ao risco de ser explorada por indivíduos com intenções ilícitas.
Além disso, Nauru enfrenta uma realidade difícil devido à exploração de fosfato no passado e às condições geográficas que tornam a ilha vulnerável à elevação do nível do mar. Com a maioria do território inabitável, a população vive exposta a desastres naturais, o que torna a venda de cidadania uma necessidade urgente para arrecadar os fundos necessários. A estratégia, embora arriscada, visa garantir a sobrevivência do país, possibilitando uma adaptação à crise climática que ameaça sua existência, enquanto busca evitar erros cometidos em programas anteriores de venda de passaportes.