Enquanto as casas de apostas dominam investimentos em marketing no futebol brasileiro, os naming rights de estádios ainda são majoritariamente controlados por empresas tradicionais, como varejo e indústria farmacêutica. Dos principais estádios que abrigam times da Série A do Brasileirão, apenas a Arena Fonte Nova, do Bahia, tem um patrocínio do setor de apostas, rebatizada como “Casa de Apostas Arena Fonte Nova”. Contratos de naming rights costumam ser de longo prazo, o que exige estratégias consolidadas, algo que muitas casas de apostas, ainda em fase de entrada no mercado, priorizam em ações de awareness com exposição nacional e digital.
Apesar da menor presença nos nomes dos estádios, as casas de apostas dominam os patrocínios de camisas e torneios organizados pela CBF, como a Série A, Série B e Copa do Brasil. A ascensão das arenas multiuso após a Copa do Mundo de 2014 impulsionou o interesse de empresas consolidadas em adquirir naming rights, com contratos que somam cerca de R$ 2 bilhões. Exemplos incluem a Allianz Parque (Palmeiras), MRV Arena (Atlético-MG) e Neo Química Arena (Corinthians), além de recentes acordos como MorumBIS (São Paulo) e Mercado Livre Arena Pacaembu.
Especialistas destacam que o naming right é uma fonte relevante de receita para clubes e arenas, mas sua adoção no Brasil demorou a ganhar força devido à tradição dos nomes antigos dos estádios. Apesar do crescimento do setor de apostas, as marcas tradicionais ainda mantêm forte presença nesse espaço, refletindo uma estratégia de branding mais consolidada e de longo prazo.