O carnaval de 2025 no Rio de Janeiro destacou a crescente participação das mulheres nas baterias das escolas de samba, ainda um espaço predominantemente masculino. Ritmistas como Joyce Lacorte e Dilma Marques compartilham suas experiências de superação, apontando os obstáculos enfrentados pelas mulheres, como a falta de apoio, o preconceito e a jornada tripla de trabalho, casa e ensaios. Apesar disso, elas destacam a importância da resistência e da luta por um espaço mais igualitário dentro das agremiações.
O movimento Mulheres no Ritmo, fundado por Carol Santos, tem sido fundamental para visibilizar o trabalho das mulheres nas baterias e lutar pela equidade no carnaval. A iniciativa tem contribuído para aumentar a presença feminina, não apenas nas baterias, mas também em cargos de liderança e organização dentro das escolas de samba. Através do audiovisual, o coletivo tem registrado e exaltado o trabalho das ritmistas, ajudando a abrir caminhos para futuras gerações.
Embora as conquistas sejam visíveis, as mulheres ainda enfrentam barreiras significativas. Carol e outras ritmistas observam que, embora o cenário esteja melhorando, as mulheres precisam constantemente provar seu valor nas baterias. O movimento continua sua luta para garantir que as próximas gerações de mulheres tenham mais espaço e reconhecimento, tanto no carnaval quanto em outros setores da sociedade.