Ao longo da história de Goiás, diversas mulheres desempenharam papéis essenciais na luta pelos direitos femininos, conquistando espaços antes negados e deixando um legado significativo de resistência e transformação. Nomes como Consuelo Ramos Caiado, Consuelo Nasser e Linda Monteiro, entre outras, destacaram-se no ativismo político, cultural e social, promovendo avanços em áreas como a educação, a defesa dos direitos humanos e a igualdade de gênero. Com o surgimento de movimentos feministas no século XX e XXI, essas mulheres foram fundamentais na implementação de políticas públicas, como a Lei Maria da Penha, e na criação de redes de apoio às vítimas de violência doméstica.
O movimento feminista em Goiás, embora tenha avançado ao longo do tempo, enfrentou desafios como o conservadorismo e a sub-representação política das mulheres, mas também encontrou força em diversas iniciativas, como a atuação de coletivos e ONGs. A mobilização pela igualdade de gênero, pela representatividade feminina na política e pela proteção contra a violência continuam sendo pautas importantes, especialmente no contexto atual, marcado pelo uso das redes sociais como ferramenta de mobilização. O feminismo interseccional, que integra questões de raça, classe e sexualidade, também tem se tornado cada vez mais relevante na luta por direitos.
Além dos avanços, a história das mulheres em Goiás é marcada por um apagamento histórico, muitas vezes deliberado, das suas trajetórias. O silenciamento das figuras femininas, como exemplificado pelo caso de Consuelo Ramos Caiado, reflete uma construção seletiva da memória e da história, o que dificulta o reconhecimento adequado das contribuições dessas mulheres. No entanto, seu legado tem sido recuperado por meio de pesquisas e iniciativas que buscam preservar os arquivos e testemunhos de suas vidas, evitando que suas histórias sejam apagadas do cenário social e político.