O boxe feminino passou por grandes desafios até conquistar seu espaço no esporte. Lauren Price, medallista olímpica e campeã mundial, reflete sobre os obstáculos enfrentados pelas mulheres no passado e destaca que, há pouco tempo, a participação feminina no boxe era proibida. Ela se prepara para disputar um importante combate contra Natasha Jonas, pela unificação do título mundial dos pesos-meio-médios, no evento histórico que será realizado no Royal Albert Hall, em Londres. A luta faz parte de um evento totalmente dedicado às mulheres no boxe, o que simboliza a evolução da modalidade.
No entanto, a história do boxe feminino no Reino Unido não foi fácil. Em 1998, Jane Couch, uma lutadora profissional, processou a British Boxing Board of Control após ser forçada a lutar fora do país devido à proibição do esporte para mulheres em seu país. A instituição alegava que as mulheres eram fisicamente mais frágeis e propensas a lesões, apresentando argumentos discriminatórios sobre a capacidade das mulheres de praticar boxe de forma competitiva.
Este evento representa não apenas um marco para as lutadoras de hoje, mas também um reconhecimento das dificuldades do passado e das vitórias conquistadas ao longo do tempo. As lutadoras como Price, Jonas e Cindy Ngamba não apenas desafiam seus oponentes no ringue, mas também representam a luta por igualdade e respeito no esporte, refletindo as transformações sociais e culturais que ocorreram nas últimas décadas. O evento no Royal Albert Hall é uma celebração de todo esse progresso e uma oportunidade para o boxe feminino mostrar seu potencial.