Uma mulher que foi presa por participar dos atos de 8 de janeiro em Brasília, incluindo a pichação de uma estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi liberada da prisão e agora cumprirá prisão domiciliar. A decisão, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi tomada após ela ter cumprido parte da pena e atender a requisitos legais. Ela deverá usar tornozeleira eletrônica, manter-se afastada de redes sociais e de outros investigados, além de não poder conceder entrevistas sem autorização judicial.
O julgamento que definirá se ela será condenada está em andamento, mas foi interrompido temporariamente. O relator do caso já votou pela condenação a 14 anos de prisão em regime fechado, somando crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado. A defesa da acusada comemorou a decisão de prisão domiciliar, afirmando que a detenção anterior foi desproporcional e destacando o impacto em sua vida familiar.
Além da possível pena privativa de liberdade, todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro foram condenados a pagar uma indenização solidária de R$ 30 milhões pelos danos causados. A decisão judicial não anula as acusações, mas permite que a acusada aguarde o desfecho do processo em casa, sob rigorosas condições.