Kasibba, uma mulher com autismo e dificuldades de aprendizagem, passou 45 anos internada em um hospital psiquiátrico na Inglaterra, desde os sete anos de idade. Acredita-se que ela tenha sido traficada de Serra Leoa quando era criança e, após ser colocada em um orfanato, foi transferida para a instituição devido a alegações de comportamento violento. No entanto, após anos de investigação, foi determinado que Kasibba não possuía um transtorno mental e que sua situação de segregação prolongada não era adequada.
A história de Kasibba foi descoberta por uma psicóloga, que iniciou um processo de nove anos para garantir sua liberação. Com o apoio de especialistas e de advogados, foi constatado que Kasibba não era perigosa e poderia viver na comunidade com o suporte adequado. Em 2016, uma equipe de profissionais, conhecida como comitê de fuga, iniciou os esforços para retirá-la do hospital, e em 2022, ela finalmente foi liberada, após decisão favorável da Corte de Proteção.
Esse caso revela a persistência de problemas no tratamento de pessoas com autismo e dificuldades de aprendizagem no Reino Unido, com muitos ainda sendo mantidos em hospitais psiquiátricos. Embora o governo britânico tenha se comprometido a reduzir a dependência de internações e a melhorar os cuidados comunitários, a mudança real parece ser lenta, com muitos pacientes ainda enfrentando condições inadequadas.