A chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e a proximidade da COP30, evento climático de grande importância que ocorrerá em Belém (PA) em 2025, geraram discussões no Ministério das Relações Exteriores sobre mudanças na cúpula do evento. A decisão final ainda depende de alguns fatores, mas o debate atual contempla a transferência de funções de três diplomatas. Maurício Lyrio deixaria a Secretaria de Assuntos Econômicos e Financeiros para assumir a Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente, com um papel central na organização da COP30. André Corrêa do Lago, por sua vez, deixaria a Secretaria de Clima para assumir a presidência da COP30 no Palácio do Planalto.
A decisão de promover essas mudanças está diretamente relacionada à necessidade de um novo direcionamento para a conferência, especialmente em um contexto de mudanças na política internacional, como a mudança de postura dos Estados Unidos após a eleição de Trump. O nome de Corrêa do Lago foi anunciado em janeiro, mas a escolha da liderança para a COP30 pelo Brasil demorou mais em comparação ao Azerbaijão, que já havia definido seu presidente para a COP29. A transição é vista como uma adaptação estratégica à nova dinâmica global, com ênfase na experiência e no conhecimento de relações com os Estados Unidos.
O processo de mudança ainda depende da aprovação do governo federal, que deve liberar a estrutura necessária para que Corrêa do Lago possa se dedicar exclusivamente à organização do evento. Apesar de ainda não concretizado, espera-se que as alterações aconteçam logo após o fim do Carnaval. As discussões internas no Itamaraty visam preparar o Brasil para um evento de grande relevância, considerando os desafios políticos e climáticos globais.