A vitória do partido CDU, liderado por Friedrich Merz, na Alemanha pode alterar a política energética do país, especialmente no que se refere à energia nuclear. Merz, crítico à decisão de desativar os reatores atômicos, vê a medida como um erro estratégico, apesar de a política ter sido implementada pela ex-chanceler Angela Merkel. A CDU, em seu manifesto de campanha, propôs estudar a implementação de pequenos reatores nucleares e reavaliar a possibilidade de reabrir as usinas fechadas, embora Merz tenha deixado claro que não pretende reativá-las a curto prazo.
O fechamento das usinas nucleares, iniciado em 2011 sob Merkel, foi uma medida apoiada principalmente pelo partido dos Verdes, que integrava a coalizão de governo de Olaf Scholz. Em 1997, a Alemanha tinha 19 usinas nucleares que respondiam por 30% da energia elétrica do país, mas em 2023, as últimas três unidades foram desativadas. Embora o país não tenha mais usinas nucleares em operação, continuou comprando energia de usinas de outros países e aumentando a dependência do carvão.
A mudança de liderança na Alemanha pode ter repercussões na política nuclear de toda a União Europeia. Defensores da energia nuclear acreditam que a chegada de Merz ao poder pode levar a uma reorientação das políticas atômicas no continente, possibilitando uma maior colaboração entre países europeus para o desenvolvimento de projetos nucleares e para o comércio de energia atômica.