A Moody’s está ampliando sua presença no Brasil, impulsionada pelo crescimento do crédito privado e pela demanda por avaliações de risco mais precisas. Com um escritório instalado no país desde 2021, a agência busca oferecer metodologias específicas para analisar a solvência de empresas locais, ajudando investidores a comparar opções e reduzir custos de capital. A alta dos juros no Brasil tem aumentado a preocupação com o endividamento, tornando os ratings da Moody’s ainda mais relevantes para o mercado.
Em outubro de 2024, a agência elevou a nota do Brasil, aproximando-o do grau de investimento, mas destacou que o custo da dívida continua sendo um risco central. A CFO global da Moody’s, Noémie Heuland, ressaltou que, em meio a cenários incertos, como guerras comerciais e mudanças regulatórias, a demanda por análises de crédito detalhadas cresce. A empresa também está atenta aos fluxos de capital no mercado brasileiro, incluindo o avanço do crédito privado e a busca por alternativas de financiamento.
A América Latina é uma região estratégica para a Moody’s, representando parte significativa de seu crescimento global. Além de ratings soberanos, a agência está focada em atender investidores locais, como fundos de pensão e seguradoras, que buscam transparência na avaliação de crédito. Com a expansão do crédito privado e a necessidade de padrões claros, a Moody’s reforça seu papel como referência para decisões financeiras no país e na região.
