O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que está avaliando a utilização de recursos públicos para subsidiar parcialmente as contas de energia elétrica dos brasileiros. Em entrevista, ele mencionou que essa medida poderia ser incorporada ao projeto de reforma do setor elétrico, que será apresentado ao Congresso nos próximos dois meses. Silveira ressaltou a importância da tarifa de energia como um insumo essencial para a indústria, o comércio e a economia, destacando que uma solução orçamentária para reduzir as tarifas de forma estrutural seria benéfica para o Brasil, apesar das dificuldades fiscais.
Além disso, o ministro destacou que, embora seja difícil alocar R$ 40 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) no orçamento, é possível redirecionar itens da CDE que não estão diretamente relacionados ao setor elétrico. Ele afirmou que essa alocação poderia contribuir para aliviar as faturas mensais de energia e também colaborar na recuperação da popularidade do governo. Silveira mencionou que o governo está estudando alternativas para equilibrar os subsídios com a manutenção do orçamento público.
Em relação aos incentivos para fontes de energia renováveis, o ministro revelou que, neste ano, os consumidores deverão arcar com R$ 36,5 bilhões em incentivos para usinas eólicas e solares, irrigação e tarifas reduzidas para famílias de baixa renda, representando aproximadamente 15% do valor total pago nas contas de luz. Além disso, Silveira indicou a intenção de ampliar o mercado de energia, permitindo que mais consumidores, além dos grandes, possam adquirir energia diretamente dos geradores, ampliando o acesso ao mercado livre de energia.