O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar pública uma carta enviada por uma mulher que está sendo julgada por participar dos atos de 8 de janeiro em Brasília. Na carta, ela expressa arrependimento por ter pichado a estátua A Justiça, alegando que agiu no calor do momento e sem intenção de prejudicar o Estado Democrático de Direito. A autora também menciona o sofrimento de seus filhos devido à sua prisão, que já dura mais de um ano.
A ré enfrenta acusações graves, incluindo tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público, com pena total podendo chegar a 14 anos. Seus defensores argumentam que a punição é desproporcional, já que o ato de vandalismo foi cometido com batom. Aliados do ex-presidente têm pressionado por anistia para os envolvidos nos protestos, comparando o julgamento a um “tribunal de Nuremberg”.
O julgamento foi suspenso temporariamente após um ministro pedir mais tempo para analisar a dosimetria da pena. A expectativa é que a decisão seja retomada ainda nesta semana, com a corte revisando os elementos do caso. O debate em torno da proporcionalidade da sentença continua a gerar controvérsia entre juristas e políticos.